Paiz em diminuta

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Pensar em tudo o que vivemos

Ainda que recente o último pranto.

Inspira-me desnovelar o manto

Ziguezagueando o que restou, pelo menos.

Ingratos sei que fomos um com o outro,

Na medida do pesar, do descontentamento.

Haverá, pois, outro instante ou momento?

Agora peço o meu perdão e também dou-to.

Silenciar de repente, deixando vazios,

Oblitera as tênues janelas do declarado perdão.

Urtiga-me os sentidos – tenho calafrios.

Tudo bem! Aceito o silêncio, o seu não.

Embora acredite que serão eternos,

Um e outro: amor (perdão); ódio (inferno).

Fortaleza, 17 de novembro de 2004.

20h00min

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Do meu livro 'Anversos de um versador'