SABENÇA
SABENÇA
Sabei que não canto somente prazeres,
Sabei que não só gemo de amores.
Junqueira Freire – Obras Póstumas II Pg. 195
O saber nos mantém ativo,
senhor da chave da memória,
de portas estreitas, mas vivo,
gera filhos no curso da história.
A vaidade que é algo impulsivo,
erige altares, deuses sem glória,
oferendas do nada de improviso,
só mantém a ilusão da trajetória.
Na barrocada dos sonhos no chão,
o homem esquecido então chora,
no vazio da mente e do coração.
Resta ainda o caminhar e a pé,
escravo do seu eu indefinido,
lembra de Deus com amor e fé...