SABENÇA

SABENÇA

Sabei que não canto somente prazeres,

Sabei que não só gemo de amores.

Junqueira Freire – Obras Póstumas II Pg. 195

O saber nos mantém ativo,

senhor da chave da memória,

de portas estreitas, mas vivo,

gera filhos no curso da história.

A vaidade que é algo impulsivo,

erige altares, deuses sem glória,

oferendas do nada de improviso,

só mantém a ilusão da trajetória.

Na barrocada dos sonhos no chão,

o homem esquecido então chora,

no vazio da mente e do coração.

Resta ainda o caminhar e a pé,

escravo do seu eu indefinido,

lembra de Deus com amor e fé...

Haley Romario
Enviado por Haley Romario em 30/06/2016
Reeditado em 30/06/2016
Código do texto: T5683081
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