O soneto da madrugada
E vou escrever aqui, não como poeta,
Mas quanto moribundo das noites escritoras,
Então eu verso a vida e esteta
Da palavra, artista das escritas não leitoras,
E vou vivendo um sono profundo
Que o poeta dorme meio sonolento,
Meio sonâmbulo e eu escrevo no fundo,
Onde eu tenho momentos
De lucidez e de loucura, não escrevendo
Tenho acessos de alucinações e perco
O senso de realidade, por isso preciso
Ler muito para escrever muito, fazendo
Muitos poemas, mas como leio? Posso
Dizer que por telepatia, mas em escrever insisto...