UM FIM DE DIA NA PITUBA
Finda o dia na Pituba.
Uma zoada fantástica
Com entremeio de tuba
Soprada de forma drástica.
Fecham–se algemas na mente
Em prisão não oficial
Contra o pobre ser que sente
O universo artificial.
Neste palco da tortura,
Sofre o vate a desventura
De sequer ter onde estar
E exercer algum trabalho,
No tempo gasto a retalho
– Uma vida a protestar!
Salvador, 2006.