Ser poeta
Quando o futuro é um rebento que dói
No peito de quem ama e escreve a vida,
Não sei do futuro que em possibilidades corrói
O meu peito a distanciar-me da lida,
Mas eu sei que faço o que é preciso
Enquanto poeta, pois é o que sou,
E não sou qualquer um indeciso
E poemas a todos eu dou,
Por isso o futuro eu sei qual é,
Só não sei da indecisão de viver,
Por isso busco a eternidade,
Para escolher o que der
Para eu saber que sempre vou ser
Aquilo que eu for de verdade...