DESNORTEADO

Devoro-te, perdido em devaneio,

beijando tua boca avidamente.

Entregue à sedução me desnorteio,

imerso no teu sumo incandescente.

Enquanto esses manjares saboreio,

qual pássaro flutuo alegremente.

Tu és meu céu... Em ti, leve, passeio

nos braços duma aragem envolvente.

Dos poros verto ardência irreprimível...

Pudera! És tu, mulher apetecível

que despes da inocência teu menino.

Volúpia me arrebata furiosa

ao te sentir em mim, maravilhosa...

Em êxtase completo me alucino!