VERSOS ÉBRIOS
Pra suportar os rigores da vida, é necessário que estejamos sempre embriagados, seja de vinho, arte ou de amor. (Edna Frigato)
VERSOS ÉBRIOS
Sou verso gestado no seio da ausência
Em instantes de soluços enternecidos
De lânguidos olhares entristecidos
Cingidos na névoa fria da carência
Sou verso alado embriagado em desgosto
Errando por sombras nuas de luar
Ante o arpejo do sol a suspirar
Pela lua que está sempre em seu oposto
Sou verso triste vagando pela noite
Na boêmia madrugada em ânsia louca
Com raro lume estelar no céu da boca
Santuário do ocaso – soberbo afoite -
Sou verso dionisíaco!... açoite
Ao tornar-me vão, vago, súplica oca!
(Edna Frigato)
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Linda interação da grande poetisa Ahavah.
Obrigada, poetisa!
O poeta na verdade
É um ébrio contumaz
Se embriaga todo dia
Se enche de poesia
E nunca se satisfaz
(Ahavah)