A necessidade do poeta

Quando uma porta abrir o meu coração,

Vou esperar saber o seu rosto belo ou feio,

Mas da janela vejo um sol em quente ação,

Enquanto a rede me pesca em devaneio,

Por que a parede me prende dentro do lar?

Por que os pássaros me chamam em outra língua?

Mas eu posso ir dentro de um universo e navegar

Pelos mares do espaço além do horizonte onde míngua

O analfabeto em arte ou em um sentimento de amor,

Por isso eu canto e encanto a vida, mesmo ao léu,

Sem um horizonte além do belo cantar em dor

Pela academia não me exercitar e o véu

De doces que me cobriu o belo sairá no meu suor,

Mas o chão parece correr para a estática ou mel...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 22/06/2016
Código do texto: T5675307
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