DIAMANTE BRUTO

Eu sou um bruta montes, mas que pensa,

que sabe pensar versos tão singelos,

num paradoxo da recompensa

que é arrancar de mim versos tão belos.

Não sei se esse contraste me compensa,

se brutos amam, ou fazem paralelos,

se fazem rimas, ou fazem a diferença,

ou tudo que pensam acaba-se em farelos.

Sou bruto como um certo diamante,

na lapidação eu fico conflitante,

mas amo e versos me saem da boca.

Sinto uma flor exalar seu perfume,

mas ardo em fogo de tanto ciúme,

pois este amor em mim é coisa louca.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 21/06/2016
Código do texto: T5674403
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