MUNDO ERRADO
Soneto feito em 1971.
Este choro que é a voz da água.
Do oceano imenso de uma dor.
De uma alma cheia de magoas.
Dos casados sem paz e amor.
Da vida traiçoeira e atroz.
De uma vida só de cansaço.
De um mundo imenso e muito algoz.
Girando sem rumo no espaço.
E eu fito este mundo tão pasmado
E vejo quão triste é o mundo.
É um mundo cheio de pecado
Que eu nunca imaginaria ser.
Sinto um amargor bem profundo
Pois nele tenho de viver...