SONETO DAS ROSAS

Rosa, toda esplendorosa és relicário

do amor, vaidosa, da pureza irradia

os mistérios da noite nua em magia

narrando cheiro do seu santo sacrário

Toda luzidia, ardente e ímpar, todavia

deveria manter-se intacta, anti-horário

pois de fado romântica é tão temerário

sua fugacidade, que no tempo jazia

Derradeira amante, de plural cenário

atraente, tentadora como amada guia

sustenta a fascinação sob seu velário

Rosa desejada, das flores fidalguia

contém quimera dum poema literário

e a anarquia do luxo da ventriloquia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

30/11/2016, 05'55" - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/06/2016
Reeditado em 05/11/2019
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