INTERSTÍCIOS DA NOITE
Passageiro da Terra, viajante do espaço
No seu calidoscópio ampliou as visões
Adentrou as galáxias desprovidas de corpos
Estrelados, caídos, mortos, viu bons corações.
Pelos mares da Terra, pelos rios, cachoeiras...
Suplicou pela vida toda a agonizar
No milagre dum céu que choveu corredeiras
Enxergou na poesia o verde ressuscitar.
Coloriu os tecidos esgarçados pelas dores
Que naqueles destinos fustigaram extorsões,
Dentre as intimidades pode ouvir os clamores
Células de débeis gemidos em silentes orações.
Ao peregrino da noite pela morte invisível...
Pleno verso honorífico às suas monções.
Nota: em homenagem.