ESTRELA DA VARANDA
Já era tarde e lá estava eu
sentada na varanda olhando estrela,
sentia-me amada só em vê-la
brilhar, dar vida à noite e cor ao breu.
Inexisti por horas, passei pela
morada augusta do silêncio teu,
silêncio que dos versos se perdeu
para aquietar a ilusão de tê-la.
Eu sei que os olhos teus não me procuram,
que aquele brilho intenso, luz-magia,
sequer reconhecia meu semblante.
Estrela da varanda, minha amante,
eu sei que os olhos meus, sem luz, não curam,
mas, neste sonho, Deus me conduzia.
Alice