Ao mestre tempo
 
Não sei quando, mestre tempo
Tampouco como me matarás
Se das esperas ou d’outras mais
De ambos já me desses exemplos
 
Ouvi: matas a todos a quem ensinas
Fase, status, estágio... não te importas
Só que, enquanto não bater as botas,
Sorverei em gotas da tua resina
 
Haverá contigo algum mapa astral?
Luz que sei que a ligas e ela ilumina?
Um fator surpresa de um sonho real?
 
Dizem, mestre, que o tempo é vital
Então, justificai essa tua boa sina!
Traze então contigo o que me é crucial