Soneto àquela noite
Não há de me esquecer, nunca, daquela noite
Entre os beijos e mãos suas que me percorriam
Procurando me ter, teus lábios uns açoites
Na sua voz a canção, os gemidos corriam...
... Por meio a sua garganta, um tanto enlouquecida
Dizendo o quanto me ama enquanto me queria
Nesse ato que te encanta, amando-a enobrecida
Num pranto que na cama, um gozo, emitiria
Reverberando no ar co’ o nosso cheiro, olor
Que arde no pleno alarde, este pura emoção
Que brilha neste amar que é da alma e coração
Que tanto fúlgido arde interposto este nexo
Nosso e na ânsia d’ um doar muito mais que há no sexo
Nesse viver, o voar nesta noite de amor...