ALUVIÃO

ALUVIÃO

Ando à cata de versos na faisqueira,

Quando um mundéu inundo de vocábulos.

Purificar verdades por diálogos,

É quanto busco aqui junto à ribeira

Após anos de lida garimpeira,

Percebo verdade e ouro quase análogos

Como douram as letras dos decálogos

As suas esperanças verdadeiras.

Tomo a pena e demais apetrechos

A achar pepitas por estes trechos

Onde rio e poesia meandram curvas.

Inútil precisar este tesouro:

Ao batear versos por águas turvas,

Escorro tudo. Ao fim, se brilha é ouro!

Betim - 11 11 2005