CORCEL CANELA
Houvera uma legião de gênios
nos ares, os teus ais, que sinto,
estancariam o fel desse absinto,
cultivado oculto nos decênios.
Nas nuvens, um corcel canela
voaria na avidez dos desejos,
a declamar os meus almejos
nos contornos da tua janela.
Tofos ataviariam teus cabelos
soltos em ascensão no espaço,
sorriso aberto desatando laços,
reteriam a emoção dos apelos
envoltos em ideais devassos:
beijar os teus pés descalços.