LADO A LADO
LADO A LADO
Tão idênticas vidas as que alinho
E enredo desde o berço à sepultura,
Que embora por dramática figura
Verdade e verossímil avizinho.
Assim, o bom burguês é um mesquinho;
A bela dama, à beira da loucura...
Anos de caos, instantes de ternura,
E, lado a lado, cada qual sozinho.
Ele e ela têm razões bem razoáveis,
Apesar de emoções ainda instáveis
Explodindo com frêmitos violentos.
Em retas que se cruzam no infinito,
Trajetórias que tenho, pois, descrito
Por reconciliações e rompimentos.
Betim - 07 11 2008