Teus caixões

Ossos lúgubres, brancos e impotentes,

Fi-los entre o negror de uma dor mansa...

Ó Treva! Em bichos cruentos; que o mal cansa,

Todos os olhos dos ardores poentes.

Em que um langor das noites mais silentes

Irá vagar nas luzes, que o luar lança,

Quando a morte sinistra não descansa

Com o olhar dos zumbis, que agora sentes?!

Os mortos-vivos dormem nos caixões

À carne ardente da ossatura e ao sono,

Tingem-se os crânios mui vermiculares.

Hão de roer-me nas minhas afeições

Da pele vermiforme, a sombra é o dono

Do cemitério entre os malditos lares!

Lucas Munhoz - (15/06/2016)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 15/06/2016
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