SOLIDÃO
Neste rincão de céu estrelado
Um outono quase invernal,
Horizonte brilhante, anilado
Luz tênue no infinito boreal
Frio intenso castiga a região
Fogão de lenha, rancho a aquentar
Consolo na madrugada de solidão,
Faces afogueadas, triste olhar...
Espiral de fumaça em lenta ascensão
Pios de aves em noturnas caçadas
Silêncio no campo, geada e solidão.
Que saudades, quantas meu amor,
Longas horas vazias, sós e geladas,
Sem ter as tuas carícias e calor.