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DE CORPO INTEIRO [681]
 


O amor – mistério – mora ali do lado.
Talvez de longe venha, forasteiro.
Quem sabe se resulte em pioneiro,
ou pode ser que chegue reprisado.  
 

Importa, apenas, seja verdadeiro.
Não tenha pátria, até no seu reinado.
E viva bem ou sem nenhum trocado,
porém importa amor de corpo inteiro.
 

O amor pode surgir lá duma esquina,
como também sorrir de uma sacada,
quiçá num palco que mais se ilumina.
 

A minha deusa, vinda à madrugada,
nos lábios tem carmim o qual fascina
– hei de querê-la a sempre namorada!
 

Fort., 13/06/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 14/06/2016
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