Ah, um soneto... Para Pessoa
Vejo meu coração como o oceano,
Bordas mansas, infindas profundezas,
E num balouçar assim meio insano,
Com ondas bravias e sutilezas.
Oscilações que me desnorteia,
Com o sol, calor, vento, frio e chuva,
As línguas das ondas lambem a areia,
E puxa para si casaco e luva.
Há uma nostalgia que me arrasta,
Quantas águas já se foram embora,
Junto a tal imensidão que devasta.
_Ah, eu falava era do meu coração,
Arfo que me atira no passeio agora,
Caí em mim; pois acabou a canção.
ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/