Peixe morto!

Me despi de tudo, toda carne.

Anulei minha vontade. Quis!

Anzol na Existência, fisgar-me...

... De Peixe Morto, simulação eu fiz.

Não mais o mais Inteligente, opaco.

Nem tampouco o mais bonito, mais um.

Do alto de mim mesmo cai, tão fraco.

Apenas uma sombra de corpo nenhum!

De boca aberta, engolindo mosca...

... Que rodeiam o que Eu mesmo fiz de mim!

Em que o gás que exala, visão fosca.

Não chamo, nem ao menos reclamo atenção.

Disfarçado, incólume por todos passo reto.

Despido, verdadeiro, invisível, na reclusão!

Gutemberg DeMoura
Enviado por Gutemberg DeMoura em 12/06/2016
Reeditado em 13/06/2016
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