VERSOS NAS ÁGUAS
 
Em translúcidas águas de contemplações
Salpico teus versos, pedras de esmeraldas;
Em plácido silêncio, inundando corações,
Vou seguindo este rumo que me respaldas
 
Como nas águas em margens repletas
Também me desenho de infinitudes...
Sou dessas mágoas de estranhos poetas,
O brilho que se revela em plenitudes
 
E cada esmeralda, preciosa e pura
Margeia meus versos, cálice de ventura
Levando consigo uma dor despertada
 
E alargando meus rios de ponta a ponta
Numa cadência que só desaponta
Fere-me a alma em cada pontada.