CAMPONÊS

No horizonte ainda é madrugada,

O céu se faz de prata ao luar,

Não se ouve ainda a revoada

Dos pássaros bisonhos a sonhar...

A verde relva repousa calada,

Enquanto sorve o sereno do ar;

E as fugazes estrelas da alvorada

Inda não desistiram de brilhar...

Mas, tendo aos ombros a sua enxada,

Lá vai ele da roça se ocupar;

Da terra que lhe foi predestinada,

Ver com suor o pão frutificar...

No horizonte ainda é madrugada

E o céu se faz de prata ao luar.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 12/06/2016
Reeditado em 15/06/2016
Código do texto: T5664914
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