SONETO DA IMENSIDÃO
(Homenagem a Florbela Espanca)
Estende-me as mãos etéreas da poesia
E toca-me o peito adormecido no tempo,
Que nesse vasto campo, adormeço-me, fria
E estremeço e me perco a todo momento.
Deixei retratar os meus olhos serenos,
Cantei meus versos, imortalizei meus ais;
E os braços da morte, busquei, amenos
Para abraçar-te na vida o que cantais.
Habito na imensidão em mansões serenas
Onde ergui torres altas a duras penas
Para enclausurar-me entre grades de vento.
Vivo cantando, isolada do mundo,
Canções de silêncio, silêncio profundo...
Acalantos em berços de sentimento.
(Homenagem a Florbela Espanca)
Estende-me as mãos etéreas da poesia
E toca-me o peito adormecido no tempo,
Que nesse vasto campo, adormeço-me, fria
E estremeço e me perco a todo momento.
Deixei retratar os meus olhos serenos,
Cantei meus versos, imortalizei meus ais;
E os braços da morte, busquei, amenos
Para abraçar-te na vida o que cantais.
Habito na imensidão em mansões serenas
Onde ergui torres altas a duras penas
Para enclausurar-me entre grades de vento.
Vivo cantando, isolada do mundo,
Canções de silêncio, silêncio profundo...
Acalantos em berços de sentimento.