O AMOR QUE ESPERO TANTO
O amor que espero não é leviano
como a paixão, como o desejo; é eterno
como seria dentro d’alma o inverno
de não tê-lo comigo à flor dos anos.
O amor que espero tanto é mais adulto,
sendo criança quando for preciso;
é belo, é puro como meu sorriso,
ao pressenti-lo dentro d’alma, oculto.
O amor que tanto espero é tão imenso
quanto a vontade minha de encontrá-lo,
e, de tão fascinante, às vezes penso
ser ele tudo aquilo que eu mais quero.
E hei de senti-lo ser, quando abraçá-lo,
tão infinito quanto o amor que espero.