TRIBUTO À MORTE

Achega-te a mim, ó Rainha Morte!

Fere minh'alma com teu aguilhão.

Tua sombra voraz trará melhor sorte;

Teu jugo fatal, a libertação.

Da cova maldita faz-me consorte.

Ermo sepulcro da escuridão!

Com peito desnudo, clamo teu corte;

Para, enfim, falecer na solidão.

A ti não temo, ó indesejada!

Venero-te a ti, cruel companheira.

Estendo-te a mão sem medo, sem nada.

Tua voz sinistra e não-lisonjeira,

Chamando-me a mim pra'o fim da jornada,

Eu hei de atender de forma ordeira.

(EDUARDO MARQUES 25/07/15)

Eduardo Marques da Silva
Enviado por Eduardo Marques da Silva em 11/06/2016
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