Teus pais queridos
Olha teus pais. Agora estão velhinhos.
A voz tremida, os olhos embaçados;
Cabelos totalmente esbranquiçados
E cada vez mais frágeis, mais fraquinhos.
Ainda são aqueles do passado,
Que indicavam tão bem os teus caminhos.
Foi só o tempo e seus cruéis espinhos,
Que deixaram seus corpos maltratados.
Cuida deles agora na alvorada,
Mostra-te paciente e agradecido,
A quem tanto velou tua caminhada.
Em cada passo teu, leva-os contigo,
Como árvore bondosa nessa estrada,
Dando-lhes fruto, sombra, flor e abrigo.