Teus pais queridos

Olha teus pais. Agora estão velhinhos.

A voz tremida, os olhos embaçados;

Cabelos totalmente esbranquiçados

E cada vez mais frágeis, mais fraquinhos.

Ainda são aqueles do passado,

Que indicavam tão bem os teus caminhos.

Foi só o tempo e seus cruéis espinhos,

Que deixaram seus corpos maltratados.

Cuida deles agora na alvorada,

Mostra-te paciente e agradecido,

A quem tanto velou tua caminhada.

Em cada passo teu, leva-os contigo,

Como árvore bondosa nessa estrada,

Dando-lhes fruto, sombra, flor e abrigo.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 10/06/2016
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