Pra não dizer que não falei de borboleta
Pra não dizer que não falei de borboleta
Ela passara o inverno enclausurada
naquela jaula em triste solidão,
longe do sol e aquela posição
não agradava à ela nada, nada.
Ao escutar os sons da madrugada
Imaginava o dia e seu clarão...
Voar, curtir a imensidão,
e as flores? Ah, saudade das amadas!
Até que um dia veio a primavera,
os colibris, encantos e ternuras.
- Que bom, que bom, valeu a longa espera;
eu sou a mais feliz das criaturas!
Pronta pra viver a nova era,
Alça o seu voo e mostra as formosuras.
Gilson Faustino Maia