Jardim dos arrependimentos
A noite longa por companhia,
tua ausência não é alforria.
Se a dor pesasse em libra,
sobre meus ombros, toda Coimbra.
Agora, que a mim se oferece tudo,
na mão vazia, não guardo nada.
Vivo de gritos mudos,
lembranças de outra estrada.
A culpa em mim floresce.
Só sei doar-me à vida,
onde você fenece.
Sou todo aceno de partida!
Jardim mórbido dos arrependimentos
Semeio palavras, as levam o vento.