Som da sensualidade
Galho que roça galho exala cheiro,
Rosa que suspira ao toque do vento,
Água beija corpo sob o chuveiro,
O creme na tez sem estranhamento.
Um beija-flor que penetra o bico,
Suga inocentemente todo o prazer,
Sem se preocupar se o ato é lésbico,
Terra se molha todinha ao chover.
E dedos que se enfiam nos cabelos,
Num olhar esguelhado sutilmente,
A alma se reversa lubricamente.
Barulhos silenciosos, bom vê-los,
Degustar sons do cerne e carnal,
Rebolado lascivo; visceral.
Uberlândia MG
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