Som da sensualidade

Galho que roça galho exala cheiro,

Rosa que suspira ao toque do vento,

Água beija corpo sob o chuveiro,

O creme na tez sem estranhamento.

Um beija-flor que penetra o bico,

Suga inocentemente todo o prazer,

Sem se preocupar se o ato é lésbico,

Terra se molha todinha ao chover.

E dedos que se enfiam nos cabelos,

Num olhar esguelhado sutilmente,

A alma se reversa lubricamente.

Barulhos silenciosos, bom vê-los,

Degustar sons do cerne e carnal,

Rebolado lascivo; visceral.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 06/06/2016
Código do texto: T5659528
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