soneto bucólico

Soneto caipira

Todo faceiro faz anedota do seu sertão

De cócoras rumina pacato, o bom tabaréu

De soslaio fica se lhe tacham de sandeu

A cada à lida leva comida em seu surrão

Na mira garrucha tem maestria à beça

Piamente acredita em mula-sem-cabeça

Á rede da varanda dorme ao ruído da coruja

Cada estrela do céu apelida de "dita cuja"

Ao alvorecer labuta como lavrador-meeiro

No breu de noite o caipira acende o candeeiro

Teso diz enfrentar matilha e o bravo marruá

Seu ícone xucro eis o bonachão jeca-tatu

Disse que já pescou peixe igual ao de itu

Ás vezes na estiagem sazonal, ele amua

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 05/06/2016
Código do texto: T5657939
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