(In)sanidade

Ela é anjo com muitos demônios,

Quando passa permanece seu cheiro,

Provocando reações e hormônios,

Quase cai das alturas o pedreiro.

E suspende a saia fina e estampada,

Só para não se esbarrar pelo chão,

De propósito: coxa desnudada,

Impulsivo sobe e desce da mão.

Está na mira de todos os olhos,

Senta-se ao meio fio sem recato,

Vai atrás da borboleta pelo mato.

Linda colhendo flores aos molhos,

É meio bipolar, ora inocente,

Ela é tão insana quanto à gente.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 03/06/2016
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