Curso d’água
No fundo dos teus olhos uma mágoa
Insiste em se arraigar continuamente
E lágrimas se esvaem num curso d’água
Caindo em tuas faces lentamente...
Olhei-te na neblina da saudade
Por trás de uma cortina de tristeza
E o brilho dos teus (que maldade!),
Perdiam-se no mar das incertezas...
Teu rosto ainda carrega um ar sereno
Cobrindo os seus vestígios mais amenos
Assim, levando a densa turbidez...
No fundo o que eu quero de verdade
É nunca mais olhar a falsidade
Que olhei dentro dos olhos teus uma vez...
Arão Filho
São Luís-MA, 03 de junho de 2016.