PARA DIZER QUE FALEI DE FLORES
Quando nasci, se haviam findado as flores...
Acinzava-se a paisagem no sertão,
Pela cresta impiedosa do verão
Que sorve da mata as cores e os olores.
Depois, bem vivi a existência de verdores
Na doce infância de alegrias venturosas,
Nas intermitentes quadras invernosas...
Oh! Na minha infância como tive flores!
Com os anos cheguei à adolescência;
Pelas aflições, despertou a consciência:
Lutas, vitórias, ilusões, dissabores...
Hoje, grato e alentado pela esperança,
Trago, com alegria, as ótimas lembranças
Da vida generosa em flores...e amores!
Sobral (CE), 01 de junho de 2016