PARA DIZER QUE FALEI DE FLORES

Quando nasci, se haviam findado as flores...

Acinzava-se a paisagem no sertão,

Pela cresta impiedosa do verão

Que sorve da mata as cores e os olores.

Depois, bem vivi a existência de verdores

Na doce infância de alegrias venturosas,

Nas intermitentes quadras invernosas...

Oh! Na minha infância como tive flores!

Com os anos cheguei à adolescência;

Pelas aflições, despertou a consciência:

Lutas, vitórias, ilusões, dissabores...

Hoje, grato e alentado pela esperança,

Trago, com alegria, as ótimas lembranças

Da vida generosa em flores...e amores!

Sobral (CE), 01 de junho de 2016

Carlos Augusto Guimarães
Enviado por Carlos Augusto Guimarães em 03/06/2016
Reeditado em 24/05/2024
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