E os super-heróis?

Não os campeie pelas paredes e ares,

Nem com máscara personalizada,

Nas cavernas, sozinhos ou aos pares,

A procura tende a não ser achada.

Então, o super-herói mora na gente,

Vencemos o cansaço dia após dia,

Com ombro dolorido e pé dolente,

Camuflado em sorriso e poesia.

Silente e sem espectador: seguimos,

Buscando atenuar dor num prodígio,

Anônimos e sem qualquer prestígio.

Apostando salvar o orbe; sorrimos,

Fortes e ousados perante o litígio,

De heróis em nós, ninguém vê vestígio.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 02/06/2016
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