SINCERIDADE POUCA


Para quem reivindica tanto esmero
No soneto o seu verso é mais ou menos,
Não me diz rio ou mar a brados plenos
Nessa ingênua obsessão por ser sincero.

Para quem dor de corno em desespero
Renderá só lamúria, meus obscenos
Decassílabos sejam mais amenos
Que a má sorte e a indisposta musa, espero.

Que se fosse poesia o só sentir
Qualquer corno seria um bom poeta.
Ser sincero é melhor que bem fingir?

Não gostei – já vi piores nessa meta
– do que li...A poesia vai surgir
Do que escreve ou não passa dum pateta?


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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 30/05/2016
Reeditado em 10/06/2016
Código do texto: T5651321
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