SINCERIDADE POUCA
Para quem reivindica tanto esmero
No soneto o seu verso é mais ou menos,
Não me diz rio ou mar a brados plenos
Nessa ingênua obsessão por ser sincero.
Para quem dor de corno em desespero
Renderá só lamúria, meus obscenos
Decassílabos sejam mais amenos
Que a má sorte e a indisposta musa, espero.
Que se fosse poesia o só sentir
Qualquer corno seria um bom poeta.
Ser sincero é melhor que bem fingir?
Não gostei – já vi piores nessa meta
– do que li...A poesia vai surgir
Do que escreve ou não passa dum pateta?
.
Para quem reivindica tanto esmero
No soneto o seu verso é mais ou menos,
Não me diz rio ou mar a brados plenos
Nessa ingênua obsessão por ser sincero.
Para quem dor de corno em desespero
Renderá só lamúria, meus obscenos
Decassílabos sejam mais amenos
Que a má sorte e a indisposta musa, espero.
Que se fosse poesia o só sentir
Qualquer corno seria um bom poeta.
Ser sincero é melhor que bem fingir?
Não gostei – já vi piores nessa meta
– do que li...A poesia vai surgir
Do que escreve ou não passa dum pateta?
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