Ainda estou vivo

O verdadeiro cientista é aquele que nada diz nem faz,

Ele repete o que o burro diz no trabalho de relinchar,

Mas ali uma inteligência vagabunda e poética jaz,

Num fúnebre encontro do ter e do ser, sem se achar

Um louco que busca na solidão egoísta dos encarregados

Um lugar para se esconder diante da verdade dos malvados:

Eles nada são nada têm, mas o que resta deles é vileza,

São os falsos intelectuais do período egoísta de uma mesa

Onde se encontram mortos-vivos da Távola Corcunda,

Onde o rei é o Diabo, mas quem são esses intelectuais?

Eles fazem do cotidiano acadêmico o egoísmo filosofado;

São professores, estudantes, mas onde se afunda

O poeta das lágrimas em versos que escreve mais

Do que jamais esses dementes fizeram do mal dotado...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 27/05/2016
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