De alma triste

De alma triste

De alma triste e coração contrito

Cheio de tédio, de dor consumido

Infelicidade que leva ao infinito

Caminhava na vida desiludido

O octogenário ancião, buscando abrigo

Na ânsia em que a morte o espreitava

Porém, ao pressentir esse castigo

Sorrindo vagamente, a Deus orava

Pedindo que na forma transitória

Deus lhe desse um lugar à sua mesa

Embora, não fosse essa a meritória

E Deus, que o escutava com certeza

Convidou-o ao banquete espiritual,

Dando-lhe um lugar à sua mesa !

São Paulo, 25/05/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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