Soneto de infidelidade
De nada a vida teria valido,
Nem depois de ter vivido bastante
Se o sentir não for assaz importante,
E o pertence não tê-lo dividido.
Ter exibido tão só existência,
Sem qualquer raia deixar afinal,
Passos extintos por vento banal,
De uma vil desatenta permanência.
Desse modo um habituar-se em vão,
Melhor seria mesmo abrir passagem,
Romper para outra dimensão apertada.
Nenhum sentimento ali fez estada,
Frases iguais se difundem na estrada,
Que finde improfícuo coração.
Uberlândia MG
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