A dor de prazer

A dor de prazer

A dor de sentir o prazer de ferir-se

É qual o amor de dizer e mentir-se,

Não sinto nada enquanto artista

E sinto tudo com a negra lista;

Mas o quanto o zero vale?

Por que eu gelo no fogo

De uma paixão que muda fale

Cantando a prosa logo,

Pois o tempo em espera

É um momento divino infindo

-Eis que termina uma nova era

E começa o passado lindo;

Por isso há um beijo mórbido

Numa vida em que a novidade é óbito...

(Hugo Proença Simões)

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 25/05/2016
Código do texto: T5646637
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.