O raio e o trovão
 
Se os feitos fazem o homem
Eu caminho rumo ao nada
Ao ponto do fim da estrada
Onde as perspectivas somem
 
Se os legados importavam
Nem mesmo esses existirão
Sequer ideias proliferarão
Com sorte, lembranças vagas
 
O tempo é raio e eu, trovão
O fio da vida, ponto afastado
Cada vez mais separados
 
Até que uma nova tempestade
Surja e renove nalgum milagre
De novo o efêmero da condição