SOLIDÁRIO (soneto)

Eu vim passo a passo errando

Parei no cerrado, hoje solitário

Chão árido, místico templário

Me vi na sorte contemplando

Então pus asas no imaginário

Em vagidos ocos, murmurando

E como peregrino venerando

Em silêncio, orei neste sacrário

E assim o meu poetar ficou perdido

Entre sonhos aos sons estradivário

Devaneando em suspiros indefinido

Já fiz o que vim fazer, involuntário

Fui nobre reverência e saio provido

A alma cheia de um amor solidário

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

24 de maio de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/05/2016
Reeditado em 16/03/2020
Código do texto: T5646080
Classificação de conteúdo: seguro