CHORORÔ
Oculto ainda aquele amor tormento,
Por quanto, em teu rastro essa procela,
Atentado hostil, sem contentamento,
Que n'alma aprisionado como em cela!
Portanto, esse amor que não assunto,
Que tanto martiriza, nenhum contento,
Cuida... ou vai p'ra cidade de pés junto,
Assim... fremosa, linda eu só lamento!
Já é hora de buscar a tua ventura,
Confesso, ninguém quer tua despedida,
Oh! Margarida, até quando criatura!
Que mais veem de fato estar segura,
Teu sacrifício, já a fez correspondida,
Ah! Joga por terra... a tal desventura!