NÓDOA
Ao olhar ali o tempo ancorado a revelia
Combalido por um verso que sequer pensou passar
Atrasei qualquer relógio que ousasse ao outro dia
Em frações de alguns segundos, ao vão futuro se lançar!
Eram vidas ali traçadas pelas mãos absolutas
Aos destinos desiguais de igual identidade...
Corpos mortos nas estradas das promessas obscuras
Sem sequer se ousar cumprir rotas de felicidade.
No caminho uma flor à borboleta torporosa
Pelas nuvens de fumaças em desenho tão cruel
Borrifou –lhe seu perfume de notas recém viçosas
Contra –regras do teatro cujo enredo estava ao léu;
Nódoas já tão demarcadas pelo tempo então liberto
Decolaram seu projeto, repintaram um novo véu.