A poemia popular
Quando o poema é desses que se usa,
Enxuga a louça suja, papel guardado e velho
Que se usa para forrar o chão na pintura
De uma casa ou o forno a lenha que ateio,
Será que há uma hora marcada na leitura
De um livro que cairá na prova da escola,
Ou será um esquema de um artigo que dura
Páginas de frente e verso, mas por ora
A poesia é a roupa que a lavanderia
Limpa, não por uma lavadeira beira rio,
Mas por uma máquina de lavar roupa,
Então se não fosse a máquina como seria
Está guardado na literatura que viu
O leitor de autores e digo que o emprego rouba...