ANDOU PERDIDA ENTRE PALÁCIOS
Andou perdida entre palácios, louca
Da insanidade que acomete o fraco,
A abandonada, a paranóica altiva
A repetir com voz já débil, rouca,
Do que lhe coube em sorte, enchendo o saco
De quem lhe escute a queixa, a morta-viva.
Ali procura entre seus próprios passos
O desdobrar da inevitável trama –
Será destino, a alguns, e a outros, drama
De escombro alheio, de ancestrais fracassos.
Alguém mais próximo captura os traços
Dessa ilusão que ergueu por frágil chama.
Ah, não perturbe agora – aqui! – tal dama
Que ninguém mais suporta os seus cansaços.
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Andou perdida entre palácios, louca
Da insanidade que acomete o fraco,
A abandonada, a paranóica altiva
A repetir com voz já débil, rouca,
Do que lhe coube em sorte, enchendo o saco
De quem lhe escute a queixa, a morta-viva.
Ali procura entre seus próprios passos
O desdobrar da inevitável trama –
Será destino, a alguns, e a outros, drama
De escombro alheio, de ancestrais fracassos.
Alguém mais próximo captura os traços
Dessa ilusão que ergueu por frágil chama.
Ah, não perturbe agora – aqui! – tal dama
Que ninguém mais suporta os seus cansaços.
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