VIDAS MORTAS

Pétalas caídas, despedaçadas,

São vidas destruídas sem clemência.

O pisar que as fazem tão esmagadas

Vem da intolerância e da impudência.

Nunca d’antes no jardim tão floradas

Foram bafejadas na pestilência.

Em estrondosa queda ao chão lançadas,

Sangraram-se todas sem condolência.

Pétalas, vidas pisadas, sofridas.

Que alegria vos alcança? Não sei!

Sombras eu vejo: Mordazes, escondidas!

Absconsas feridas não depurei;

Pois em mim não achei penas retidas

Pelas quais assumi que um dia chorei.

(EDUARDO MARQUES 14/10/15)

Eduardo Marques da Silva
Enviado por Eduardo Marques da Silva em 22/05/2016
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