Caos Urbano
O barulho dos carros lá na rua
Sinaliza que o dia está no fim
O asfalto inda queima. É sempre assim
E o calor do mormaço se acentua
Olho o céu procurando a branca lua
Mas só vejo névoa ao redor de mim
Tudo é cinza prá meus olhos de carmim
Nessa boca de noite quente e nua
Ouço passos apressados na calçada
É um povo que não quer saber nada
Além de caminhar, triste, sozinhos
Aí lembro dos meus tempos de outrora
Lá no campo, pela relva, nessa hora
Escutando o cantar dos passarinhos